sábado, 25 de novembro de 2006

Todos Bastardos...

Nascidos do grito do crioulo açoitado
Abortados pelos mensageiros da civilização
Eternizados pela força de Zumbi
Nosso passado subjugado
Por um presente que nos promete
Um futuro de eternos colonos
Mãe África chora
Chora por seus filhos bastardos
Ingratos
Que tiveram os olhos cobertos
Pela nuvem do vazio torpor obsessivo do novo mundo
Que desconhecem a resistência de Dandara
Que se humilham pela albina imposição cultural
Que desdenham o axé transmitido pelos tambores
Que menosprezam o candomblé de Iansã e Iemanjá.
Uma nação que não é nação
De raízes atrofiadas
E veias saturadas do cotidiano medíocre
De um povo sem referências
Perdido em meio à hipocrisia
E a heresia?
É o cultivar da essência
E o florescer da negra consciência...

5 comentários:

leandro disse...

Muito boa, parabéns, se não der certo como jornalista, quem sabe se torne uma poetisa...rs

leandro disse...

Nossa!! Nova visual! Legal...

Anônimo disse...

muito bom nega
esse zine tem futuro eim
beijão que Deus iluime seus caminhos fica com Deus

Pensamentos Avulsos disse...

Biancaaaa... qdo tempo q eu não passava por aqui e q não nos falamos!!!
to morrendo de saudades.
vc está me devendo seus jornais
eheheheh preciso te ligar pq eu quero ter seus jornais em casa.
até mais

Carol Viegas

Anônimo disse...

Você também crê que sem o reconhecimento da origem étnica, ou seja, do conhecimento de qual Nação (bantos, geges, nagôs) se originam seus antepassados, não há identidade?