domingo, 26 de fevereiro de 2006

Todos os dias, milhões de brasileiros encontram-se recostados em seus sofás, absorvendo a informação que lhes é oferecida pela mídia.Na hora do jantar a música de abertura do "Jornal Nacional" leva todos os olhares a focarem o televisor e,por meio deste,são noticiados assassinatos,seqüetros,estupros...que embora sejam brutais,induzem à mesma reação de uma reportagem sobre moda,sobre o percentual da queda da bovespa...ou seja,todos permanecem estáticos.Atitudes como esta levam-nos a refletir o motivo de tanto conformismo.Porque essas informações são absorvidas,quase que,por "osmose" sem provocarem indignação ou revolta?Embora a resposta não seja uma justificativa,pode esclarecer a origem dessas atricidades.Nossa sociedade é extremamente hierárquica,e nesta hierarquia os que fazem parte da base sustentam e espelham-se nos que formam o topo da pirâmide social,mas o problema é que o topo não tem apresentado um modelo de moral e caráter,pelo contrário,mostram-se cada vez mais corruptíveis.É inevitável que um indivíduo fique sem referência quando submerso em uma sociedade onde seus representantes políticos transbordam desonestidade,egocentrismo,falta de caráter;e seus representantes religiosos pregam moralismo,mas que têm liberdade para usufruírem dos "pecados terrestres".Essa ausência de referência se extende até mesmo quando na busca em seu lar encontra uma família destruída,onde os integrantes dessa desconhecem o respeito mútuo.Nos dias de hoje,o homem está inserido em um meio materialista que o leva a ignorar seus valores,tornando-o imediatista,assim como o Carpe Diem citado na literatura,que possui o significado de "viver intensamente o presente".O consumismo imposto pelo sistema leva-o a querer adquirir bens-materiais sem preocupar-se com as conseqüencias para o coletivo,o q justifica sua passividade ao assitir,cotidianamente,as mórbidas notícias do telejornal.