O Brasil tem fome de atitude

Existem distribuídos em todo mundo 800 milhões de famintos e aproximadamente 95% deste todo vive em países subdesenvolvidos.No Brasil,esse número é de quase 32 milhões,estatística que se opõe aos índices de desperdício em alimentos do país,que equivale a 4 bilhões de dólares,os quais apenas 20% seriam suficiente para saciar a fome de todos estes miseráveis.A antiga questão da fome ainda polemiza com relação ao melhor método de extingui-la:propiciar o alimento ou ensinar a obtê-lo?
Quando pensamos a curto prazo não podemos ignorar a urgência dessa população.Cerca de mil crianças morrem por dia no Brasil por causa da fome e subnutrição.Apesar de a distribuição de alimentos não resolver este mal,a ausência dessa solidariedade agravaria ainda mais o problema. Mas se voltarmos nossos olhos a nação no futuro,enxergaremos que não é suficiente apenas "dar o peixe",é necessário também rever a política de bem-estar em que o cidadão encontra-se atualmente.Para que a fome seja eliminada precisa-se de reforma agrária,justiça social e melhor distribuição de renda."Para um verdadeiro homem comer não é calar um estômago:é calar uma humilhação.",reflexão de Vergílio Ferreira. Moradores das ruas de São Paulo,de acordo com a Folha de S.Paulo,mesmo não possuindo maiores informações sobre a "Ação da Cidadania contra a Fome,a Miséria e pela Vida" dizem-se cansados de campanhas que não surtem efeito e não solucionam a miséria,essas pessoas pedem a criação de mais empregos,pois sonham com o dia que irão comer a partir do suor do próprio trabalho. As duas sugestões deveriam ser analisadas e postas em prática o mais rápido possível,pois quem tem fome tem pressa e não pode ficar esperando a boa vontade de autoridades que agem com descaso quando se trata de interesses públicos.O governo deve se mobilizar e tomar atitudes que zelem pelo futuro da nação,sem se preocupar com reeleições ou medidas a curto prazo que camuflam e maqueiam as verdadeiras intenções de nossos governantes.