Fundação do "BEM-ESTAR" do menor...e a educação?

A Fundação do "bem-estar" do menor, Febem, tem sido alvo de várias críticas graves em relação ao seu sistema, que se assemelha, em demasia, ao carcerário nacional, com direito à torturas e maus-tratos. Atualmente, a instituição é reconhecida como "Escola Primária da Bandidagem", e tornou-se referência básica nos currículos de criminosos.
A crise é evidente,rebeliões tornaram-se rotina;com a cotínua degradação o modelo real se distancia cada vez mais do modelo ideal, ou pelo menos do intuito inicial: a reeducação dos menores.
Essa situação caótica é apenas uma conseqüencia de uma sociedade individualista e materialista, que despreza os pensamentos, o lado intelectual do próximo, em especial do jovem, fundamentando-se em futilidades e tendo como prioridade o lucro, mesmo que isso seja prejudicial ao outro.
A insistência do governo em, por comodidade, criar cadeias ao invés de escolas, também contribui imensamente na dessocialização de menores, que em muitas vezes sofrem com a exclusão social e falta de fatores básicos para a sobrevivência humana(saneamento básico,moradia,alimentação,emprego,...)
Muitos destes infratores não tiveram uma estrutura familiar que os orientassem, agravando ainda mais o quadro apresentado; e mesmo depois de "enjaulados"não conquistam esse apoio, pelo contrário, são julgados novamente, mas desta vez pela família, e condenados à pena do abandono e da solidão.
A solução imediata para reverter a crise é a reformulação do sistema, implantando programas educacionais e qualificatórios; o estímulo à participação familiar e sua concientização e, prioritariamente, o total combate às torturas. Para reflexos futuros positivos,a melhor atitude a ser tomada é investir na educação.
Nossos governantes e autoridades, com grande auxílio da mídia, deveriam parar de preocupar-se tanto em mudar leis como a da maioridade penal, que,s egundo eles, tem como urgência sua diminuição. Deveriam passar a cumprir as já existentes por eles ignoradas, e que dão o direito a uma vida digna a toda brasileiro, mas não se aplicam na prática.